Hannibal

A personagem Hannibal, que nos enreda pelo seu brilhantismointelectual, mas que nos faz descer s Trevas pela frieza antropof gica epela completa aus ncia de escr pulo ou sentimento, , ele pr prio, umabismo infinito de repuls o/atra o, que tanto foi trabalhado peloescritor como pelo realizador. Foi precisamente este abismo complexocom uma ponte (a tradu o intersemi tica) entre duas margens (aLiteratura e o Cinema) que levou o autor a encetar uma interessante epertinente viagem em busca da profundidade da personagem, do(s)fundo(s) de onde se levanta, da tradi o liter ria que fez nascer outrascriaturas das Trevas, convidando o leitor a descobrir esta teia detradu es intersemi ticas que acarretou a adapta o do romance aocinema. Conjugando uma linguagem adequada e uma abordagemcient fica de um trabalho com fundamento acad mico com umprofundo e not rio gosto pela tem tica e, principalmente, pela an liseda personagem principal, o autor construiu um texto que tamb m nosatrai pela sua capacidade de envolvimento, ou seja, pela forma comovai cativando o seu leitor e o leva pelo caminho de um duplo olhar pelaconstru o de Hannibal, da letra imagem.Lu s Miguel Cardoso